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Passar frio ajuda você treinar com mais energia

Passar frio ajuda você treinar com mais energia?

Hoje quero compartilhar com vocês minha experiência com a crioterapia. Vamos explorar um pouco as diferenças, as sensações, e como essa prática pode ser benéfica para o treino e a recuperação.

Câmera fria: como funciona e sensação térmica

Lá fora, existe a crioterapia em uma câmera fria fechada, onde o corpo inteiro fica submerso em temperaturas extremas, cerca de -90°C, durante três minutos.

Aqui no Brasil, o modelo mais comum é um pouco diferente. A cabeça fica para fora, o que já muda um pouco a dinâmica da sensação térmica. Mas, no geral, o frio ainda é intenso e traz resultados parecidos.

A grande vantagem da câmera fria é que, por ser seca, não sensibiliza a pele da mesma forma que um banho de gelo. Você não sai com a pele queimada nem tão vermelha. Durante esses três minutos, o corpo todo responde ao frio extremo: você começa a sentir coriza, sua respiração muda, e é uma luta para não encostar nas paredes da máquina, que podem queimar pela baixa temperatura.

Banho de gelo: molhado e intenso

Agora, comparando com o tradicional banho de gelo, eu diria que a sensação térmica é até mais intensa na banheira. Isso acontece porque, além do frio, você está em contato direto com a água gelada. A umidade potencializa a sensação de frio, deixando tudo ainda mais desafiador. Quando você sai, o corpo inteiro está vermelho e com aquela sensação de “faca na pele“.

Acho que todo mundo que já fez um banho de gelo sabe do que estou falando. Não é algo confortável, mas os benefícios para a recuperação muscular e a circulação são impressionantes.

A crioterapia na recuperação muscular

Mas, afinal, por que submeter o corpo a algo tão extremo? A crioterapia tem um impacto direto no sistema vascular. O frio extremo causa uma vasoconstrição imediata, reduzindo o fluxo de sangue para os tecidos. Quando você sai da crioterapia e volta para uma temperatura normal, o corpo compensa com uma vasodilatação intensa, que ajuda a acelerar a recuperação muscular.

Além disso, o frio libera catecolaminas, como adrenalina e noradrenalina, o que te dá uma sensação de energia renovada. Parece que você tomou um pré-treino natural! É impressionante como o corpo reage: você sai da câmera fria com vontade de treinar de novo.

Benefícios além da recuperação

Outro ponto que sempre me chamou a atenção na crioterapia é como ela atua no sistema nervoso central. O frio intenso ajuda a reduzir inflamações, dores musculares e até mesmo melhora a disposição mental.

A sensação é bem clara: enquanto o calor deixa você relaxado e até sonolento, o frio faz o oposto, te deixa alerta e com mais disposição.

Rotina com a crioterapia

Se você está pensando em incluir a crioterapia na sua rotina, saiba que ela funciona melhor quando feita de forma regular. O ideal é utilizá-la após os treinos mais intensos.

A frequência pode variar de acordo com a sua necessidade. Alguns atletas fazem diariamente, enquanto outros preferem utilizar apenas após competições ou treinos extremamente pesados.

A crioterapia é uma ferramenta incrível para quem busca melhorar a recuperação muscular, reduzir dores e aumentar a disposição. Seja na câmera fria ou na tradicional banheira de gelo, o importante é respeitar os limites do corpo e aproveitar os benefícios que essa prática oferece.

Se você nunca experimentou, recomendo! Pode ser desafiador no início, mas os resultados compensam. E, claro, sempre consulte um profissional antes de começar qualquer prática nova.