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Por Que Tirar Carboidrato e Sal da Dieta? Emagrece Mesmo? Vale a Pena?

Por Que Tirar Carboidrato e Sal da Dieta? Emagrece Mesmo? Vale a Pena?

Descubra os mitos e verdades por trás da restrição de carboidratos e sal na dieta. Entenda se essa estratégia funciona para emagrecer, quais são os riscos e como adotar hábitos saudáveis de forma sustentável. Um guia completo para tomar decisões informadas sobre sua alimentação.

Vamos falar sobre um tema polêmico e cheio de nuances: por que algumas pessoas dizem que se sentem melhores tirando carboidratos da primeira refeição e usando óleo de coco? Será que isso é um milagre metabólico ou só uma estratégia mal-entendida? Bora esclarecer de vez!

Carboidratos, Letargia e Glicemia: Entenda a Relação

Muitas pessoas relatam que se sentem mais dispostas quando tiram o carboidrato do café da manhã e substituem por algo como óleo de coco. A explicação por trás disso está relacionada à digestão e à glicemia.

Quando você consome carboidratos, principalmente se está acima do peso ou obeso, é comum que sua glicemia basal já esteja mais alta do que o ideal. Aí, quando você come carboidratos, especialmente refinados ou em grande quantidade, sua glicose sobe ainda mais. E o que acontece? Isso ativa a produção de triptofano, que é um precursor da serotonina. Resultado: você fica sonolento, letárgico, sem disposição.

Por isso, muita gente percebe que ao cortar o carboidrato da primeira refeição, a glicemia se estabiliza e a pessoa sente uma melhora na acuidade mental e na disposição. Mas vamos deixar uma coisa clara: o problema não é o carboidrato em si. O problema é o sobrepeso, o descontrole metabólico, e não o alimento específico.

A Estratégia de Cortar Carboidratos Funciona? Prós e Contras

Funciona, mas com ressalvas. Quando você corta carboidratos, especialmente em dietas como low carb ou cetogênica, o que acontece?

  1. Sua glicemia dá uma nivelada.
  2. Você reduz o consumo calórico total, porque proteínas e gorduras oferecem maior saciedade.
  3. Seu corpo começa a usar gordura como fonte de energia, o que pode parecer uma “melhora” no início.

Mas aqui está o ponto: isso não resolve o problema real, que é o sobrepeso e os hábitos ruins. É como tratar o sintoma sem atacar a causa.

O Problema do Sobrepeso: Uma Comparação com o Sal

Deixe-me fazer um paralelo para explicar melhor. Imagine uma pessoa com sobrepeso que tem pressão alta. Muitas vezes, a solução imediata é: “Corta o sal da dieta!”. Mas será que o problema é o sal? Não. O problema é o sobrepeso, que desregula o sistema cardiovascular.

Com carboidratos, é a mesma coisa. O problema não é o carboidrato. O problema é o sobrepeso, que deixa a pessoa hiperglicêmica e com uma capacidade reduzida de metabolizar os alimentos de forma eficiente.

Por Que Médicos e Nutricionistas Usam Low Carb e Jejum Intermitente?

Agora vamos falar sobre a estratégia de alguns profissionais. Muitos recomendam low carb, cetogênica ou jejum intermitente, mas por quê?

  1. Restrição Calórica: Essas estratégias ajudam as pessoas a consumir menos calorias sem perceber, porque a proteína e a gordura aumentam a saciedade.
  2. Controle Inicial: Muitas vezes, estamos lidando com pessoas que têm hábitos extremamente descontrolados. Qualquer mudança já traz resultados visíveis no início.
  3. Facilidade de Adesão: Tirar o carboidrato ou pular refeições reduz as “janelas de erro” no dia. É menos chance de fazer escolhas ruins.

Mas aqui está o problema: muitos profissionais param nessa primeira etapa e não ajudam o paciente a avançar. A pessoa melhora no começo, mas, quando o corpo se adapta e a flexibilidade metabólica aumenta, ela não sabe como progredir.

Pequenas Mudanças Trazem Grandes Resultados: Construindo Hábitos Sustentáveis

O segredo para quem está começando não é montar uma rotina perfeita e inatingível, como vemos nas redes sociais. Não adianta imaginar que do dia para a noite você vai:

  • Fazer 40 minutos de cardio em jejum.
  • Comer só claras de ovo e frango grelhado.
  • Seguir a rotina do seu ídolo fitness do Instagram.

Esse tipo de pensamento leva ao fracasso, porque é impossível sustentar algo tão rígido sem construir uma base sólida antes.

A dica aqui é simples: faça mudanças pequenas, mas consistentes.

Um exemplo: um amigo nutricionista que atende no Rio de Janeiro tem o hábito de pegar o celular dos pacientes e apagar o aplicativo do iFood. Sim, é radical, mas para algumas pessoas é o tipo de solução necessária no começo.

A Importância da Adaptabilidade: Encontre Estratégias Que Funcionem Para Você

O que realmente importa é encontrar estratégias que sejam adaptáveis e sustentáveis para cada pessoa. Não adianta impor algo que a pessoa não consegue seguir. Se ela está começando agora, o foco deve ser em pequenas vitórias:

  • Substituir fast food por comida de verdade.
  • Reduzir os lanches fora de hora.
  • Fazer escolhas melhores, mesmo que imperfeitas.

Com o tempo, essas mudanças criam uma base sólida para evoluir para algo mais avançado, como treinos regulares e uma alimentação mais estruturada.

Foque no Processo, Não na Perfeição: Pequenos Passos Para o Sucesso

Se você está começando, não se prenda à ideia de que precisa fazer tudo perfeitamente. O importante é começar. Tire o foco do cenário ideal e faça o que é possível hoje.

Conclusão: O problema não é o carboidrato, o óleo de coco ou o sal. O problema é a falta de consistência nos seus hábitos. Concentre-se em melhorar isso, e os resultados virão naturalmente. Bora construir uma base sólida e evitar o “ódio” que muitas pessoas desenvolvem quando tentam mudar tudo de uma vez. É um passo de cada vez.