Hoje, vamos falar sobre testosterona. Essa molécula é essencial tanto para homens quanto para mulheres, pois as mulheres também possuem testosterona, e ela é crucial na construção de um físico saudável. Além disso, a testosterona desempenha outras funções importantes no organismo.
Vamos abordar os diferentes tipos de testosterona sintética disponíveis no mercado, quando é o momento certo para tomar testosterona e quais são as indicações para seu uso.
No mercado, encontramos vários tipos de testosterona. Você pode encontrar o cipionato de testosterona, também conhecido como Deposteron, além da famosa Durateston, que é uma mistura de quatro ésteres, com alguns de ação rápida e outros de ação mais lenta. Também está disponível o androgel, que é uma testosterona em gel com rápida absorção, atuando em cerca de 24 horas. Outro tipo é o Nebido, que contém decanoato de testosterona, um éster longo que pode permanecer no corpo por meses. Fora isso, há outras opções, como o enantato de testosterona, que é um éster lento, e o propionato de testosterona, que é um éster mais rápido.
O que diferencia todas essas categorias de testosterona?
A resposta está na meia-vida, ou seja, o tempo que a substância age no seu corpo. Quanto maior a meia-vida, mais tempo ela permanece ativa, e quanto menor, mais rápida é a ação.
Por exemplo, o propionato de testosterona tem uma estrutura mais curta, o que significa que ele age rapidamente e sai do organismo mais rápido. Em contrapartida, o undecanoato de testosterona pode permanecer no seu organismo por até três meses. A escolha da melhor opção depende do que você espera da testosterona. Por exemplo, o Nebido é interessante para aumentar a libido devido à sua ação longa e gradual, enquanto o propionato é mais adequado para quem está em fase de definição, pois promove menos retenção de água.
Testosterona bioidêntica
Muitas pessoas se perguntam se ela é a mais adequada e se tem menores efeitos colaterais. A verdade é que todas as moléculas de testosterona que mencionei são bioidênticas, o que significa que são iguais àquelas produzidas pelo nosso corpo. O que muda é a forma como elas atuam e o tempo de duração no organismo.
O uso de testosterona bioidêntica tende a ter menos efeitos colaterais, pois o corpo a reconhece melhor. A hepatotoxicidade é muito baixa, e casos de intoxicação hepática por uso de testosterona são raros.
Quando devemos usar a testosterona?
Primeiramente, para pacientes a partir dos 50 anos, que geralmente enfrentam uma queda brusca na produção desse hormônio, resultando em perda de massa muscular, ânimo, vitalidade e libido, uma dose adequada pode ser a solução quando os níveis estão baixos.
Além disso, muitos medicamentos, como antidepressivos, podem reduzir a produção de testosterona. Nesses casos, os médicos podem prescrever testosterona para manter os níveis adequados. E quando falamos do uso de testosterona na construção muscular, é importante notar que ela é frequentemente utilizada como um hormônio matriz em ciclos de hipertrofia.
Quando você não associa a testosterona com outras substâncias, os efeitos colaterais podem ser mais pronunciados. Por exemplo, se você fizer um ciclo apenas com oxandrolona ou stanozolol, que são hormônios derivados do DHT, sua taxa de testosterona pode cair drasticamente, resultando em perda de libido e até de força.
As mulheres também precisam de testosterona, embora em menor escala. Muitas mulheres que usam anticoncepcionais enfrentam quedas acentuadas nos níveis de testosterona, o que pode causar perda do desejo sexual, fraqueza e flacidez. As mulheres podem usar testosterona, mas é crucial que façam exames para verificar seus níveis e que sejam cautelosas, pois a testosterona pode causar virilização, como crescimento excessivo de pelos e engrossamento da voz.
Geralmente, as mulheres se dão bem com o androgel, que possui uma ação mais curta e, portanto, reduz os efeitos colaterais. Quanto à dosagem para tratamento de reposição em homens, geralmente os médicos prescrevem cerca de 250 mg a cada semana ou a cada 15 dias, utilizando ésteres de ação curta e longa, como a Durateston. Para atletas, as doses variam entre 250 a 600 mg por semana, mas quantidades acima disso podem ser consideradas abuso.
É importante lembrar que, mesmo sendo um hormônio com poucos efeitos colaterais, existem riscos associados, como o aumento do DHT, que pode causar irritabilidade e queda de cabelo. Outro efeito colateral potencial é a ginecomastia, que pode ocorrer se os níveis de testosterona no sangue forem muito altos, resultando na conversão em estradiol, um hormônio feminino.
Portanto, o uso dessas substâncias deve ser sempre controlado e orientado por exames clínicos e profissionais de saúde qualificados. Lembre-se de que a testosterona é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada com responsabilidade.