Hoje eu quero falar de algo que vai muito além da estética: a importância de treinar o antebraço. Pode parecer um detalhe, mas não é. Inclusive, há pessoas lesionadas justamente por ignorar esse músculo.
5. Lesões como a epicondilite
O quinto motivo é a epicondilite, uma inflamação nos epicôndilos, aquelas “garrinhas” próximas ao cotovelo. Quando o antebraço está fraco ou encurtado, a tendência é sobrecarregar essa região, especialmente em exercícios de costas, bíceps, peitoral e tríceps. A dor parece ser no cotovelo, mas é diferente, podendo ser tanto na parte externa (epicondilite lateral) quanto na interna (medial).
Não estou dizendo que fortalecer o antebraço resolve tudo. Se tiver sintomas, procure um fisioterapeuta. Mas exercícios como flexão e extensão de punho, além de alongamentos, podem ajudar. Se você já está lesionado, talvez precise de outras abordagens antes de começar o fortalecimento. Mas para quem quer prevenir, treinar o antebraço é fundamental.
4. Pegada fraca
O quarto motivo é a fraqueza na pegada. Quando você está fazendo exercícios como remadas, muitas vezes a pegada cede antes das costas atingirem a falha. Isso atrapalha o desenvolvimento muscular, porque o objetivo é que o músculo-alvo chegue à falha, não outra parte do corpo.
Imagine que você está treinando pernas com agachamento livre e desiste porque ficou sem fôlego, mesmo tendo força para continuar. Péssimo, né? É a mesma coisa com as costas. Se a pegada não aguenta, seu treino perde eficiência.
Uma dica é incluir no treino exercícios específicos para fortalecer a pegada. Um exemplo é segurar os maiores halteres que você conseguir até a pegada abrir. Faça isso no final do treino, duas vezes por semana, com intervalos longos de descanso — entre 2 e 5 minutos, dependendo do objetivo de força.
3. Síndrome do túnel do carpo
O terceiro malefício é a síndrome do túnel do carpo, um problema causado pela compressão do nervo mediano, que passa por um “túnel” no punho. Isso pode gerar dormência, formigamento e fraqueza na mão, afetando principalmente o polegar, o indicador e o dedo médio.
Treinar os músculos extensores e flexores do punho ajuda a diminuir a tensão nessa região, aliviando a pressão sobre o nervo e os tendões. É claro que, se você já tem o problema, deve procurar um fisioterapeuta, mas o fortalecimento do antebraço pode prevenir esse tipo de lesão.
2. Dificuldades funcionais no dia a dia
Agora, um motivo que pega muita gente: as limitações funcionais no dia a dia. Não tem nada mais humilhante do que um cara superforte que não consegue abrir uma garrafa ou carregar sacolas sem que a pegada falhe.
Além disso, quem pratica esportes de raquete, lutas como jiu-jitsu ou realiza trabalhos manuais, como digitar ou usar ferramentas, também precisa de uma pegada forte para evitar lesões como o LER (lesão por esforço repetitivo).
Se os músculos estão fortalecidos, o estresse nos tendões diminui, aumentando a durabilidade do corpo.
1. Assimetria muscular
E o motivo número um é a assimetria muscular. Sabe quando você vê alguém com braços gigantes, mas com antebraços fininhos? Fica estranho, né? Não importa o quão forte você seja, se o antebraço não acompanha, a estética fica comprometida.
Pior ainda quando a camiseta cobre o braço e só deixa o antebraço à mostra. Parece um macarrão espaguete! Além da questão estética, isso também pode impactar na funcionalidade e na força geral.