Hoje vamos falar de dois temas muito pedidos: dores no punho e antebraço durante os treinos, e como saber se você tem boa genética para musculação. Vou explicar tudo nos mínimos detalhes.
Dores no Punho e Antebraço ao Fazer Rosca Direta ou Inversa
Uma dúvida que chegou foi sobre dores no punho e no antebraço ao realizar rosca direta e rosca inversa, especialmente quando a academia não tem barra W, que costuma ajudar bastante na ergonomia do movimento.
O que fazer nesse caso?
A primeira dica é priorizar movimentos com cabos. Os cabos dão uma liberdade maior na execução dos exercícios, permitindo que você ajuste a posição das mãos de maneira mais natural, o que reduz o estresse nos punhos e no antebraço.
Outra alternativa é usar halteres para simular o movimento da barra W. Como fazer isso? Ajuste os halteres em uma pegada diagonal, imitando o ângulo ergonômico da barra W. Dessa forma, você alivia a tensão dos punhos, mantém a intensidade no treino e minimiza o risco de dores.
Se as dores persistirem, pode ser necessário rever sua técnica ou até mesmo ajustar a carga. Lembre-se: qualidade do movimento sempre vem antes de quantidade de peso. E, claro, se a dor for intensa ou frequente, procure um profissional de saúde, como um fisioterapeuta, para avaliar o problema.
Como Saber se Você Tem Boa Genética para Musculação?
Essa é uma dúvida muito comum, principalmente para quem está começando ou quer alcançar um nível competitivo. Para entender se você tem boa genética, precisamos analisar três fatores principais: estrutura, resposta ao treino e resposta à dieta (e eventualmente, às drogas, no caso de atletas de fisiculturismo).
1. Estrutura Corporal
O primeiro indicador de boa genética é a estrutura corporal. Estamos falando de proporções naturais do corpo que favorecem o desenvolvimento muscular.
- Cintura pélvica estreita: Um quadril menor cria a ilusão de um tronco maior, especialmente quando combinado com um peitoral largo e ombros bem desenvolvidos.
- Cintura escapular ampla: É aquela estrutura que dá a famosa forma de “V” ao corpo. Quanto mais largura nos ombros, maior será o potencial estético.
- Formação muscular evidente: Algumas pessoas já têm músculos mais densos e definidos, mesmo sem treinar tanto. Esse é um sinal claro de boa genética.
2. Resposta ao Treino
O segundo ponto é a resposta ao treino. Aqui é onde vemos quem realmente nasceu para brilhar. Algumas pessoas fazem um treino básico e já saem da academia com um “pump” absurdo, parecendo que ganharam músculo instantaneamente.
Um exemplo clássico é o Ramon Dino. Se você já viu ele treinando, sabe do que estou falando. Ele faz uma sessão e, no final, parece que mudou de corpo. Isso é genética pura! O músculo responde tão bem ao estímulo que fica evidente rapidamente.
Se você percebe que seu corpo reage bem a diferentes tipos de treino e evolui constantemente, parabéns! Sua genética está jogando a seu favor.
3. Resposta à Dieta (e Drogas, no Caso de Atletas)
Por fim, temos a resposta à dieta. Pessoas com boa genética conseguem resultados incríveis apenas ajustando a alimentação. Ganham massa magra com facilidade, perdem gordura rapidamente e mantêm a definição sem muito esforço.
Para quem compete no fisiculturismo, ainda entra o fator da resposta às drogas. Atletas de alto nível, como bodybuilders profissionais, precisam usar recursos ergogênicos. Alguns têm uma resposta tão boa que doses baixas já geram resultados absurdos. Outros, mesmo com doses elevadas, mal conseguem acompanhar.
Se você está usando doses altas de esteroides e não vê resultados significativos, sinto dizer: sua genética para fisiculturismo não é das melhores. Essa falta de resposta é o que chamamos de “non-responder” (ou “não respondedor”).
O que é um Non-Responder?
Agora, se você se encaixa nessa categoria, vamos conversar. Um non-responder é alguém que tem uma genética desfavorável para o esporte. É aquela pessoa que:
- Treina pesado, mas não ganha volume muscular compatível com a carga levantada.
- Come muito, mas não consegue passar de um certo peso ou ganhar qualidade muscular.
- Usa esteroides em doses altas, mas não tem resultados visíveis.
Se você se identifica com isso, talvez precise ajustar suas expectativas. Isso não significa que você não possa treinar e buscar melhorar. Mas alcançar um nível de atleta profissional pode não ser realista para você.
A Verdade sobre Genética e Musculação
Genética é um fator determinante, mas não é o único. Existem pessoas com genética mediana que alcançam resultados incríveis com muito esforço e disciplina. Por outro lado, mesmo quem tem uma genética top precisa trabalhar duro para aproveitar esse potencial ao máximo.
O mais importante é ser realista e aproveitar o processo. Você não precisa ser um atleta profissional para curtir a musculação e transformar seu corpo. Foque em melhorar a si mesmo e celebrar suas conquistas pessoais.