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Dúvidas sobre volume de treino, hormônios e biotipo

Dúvidas sobre volume de treino, hormônios e biotipo

Para um ectomorfo, é melhor treinos mais longos ou treinos mais curtos?

Em teoria, treinos mais curtos. Apesar de eu entender que realmente existem biotipos, eu não costumo acreditar que o biotipo seja um impedimento para ganhar massa magra ou perder gordura. O que realmente faz diferença é a dedicação.

Assim como existem endomorfos que têm dificuldade para construir massa muscular, também existem ectomorfos que possuem grande capacidade de ganhar músculos através da musculação.

Um exemplo disso é o fisiculturista Frank Zane, que era considerado ectomorfo devido à sua estrutura óssea mais estreita. Mesmo assim, ele conseguiu desenvolver um físico de alto nível ao equalizar sua dieta e treinamento para atingir seu objetivo.

Da mesma forma, não é porque uma pessoa é endomorfa e tem estrutura óssea larga que ela necessariamente ganhará massa muscular com mais facilidade. Se fosse assim, não existiriam Mr. Olympias endomorfos como Jay Cutler e Dorian Yates, que, apesar do biotipo, alcançaram um nível extremo de desenvolvimento muscular.

Para um ectomorfo que possui um metabolismo mais acelerado, treinos curtos e superintensos são a melhor opção. Isso porque treinos longos podem fazer com que ele perca muitas calorias, dificultando o ganho de massa magra. A recomendação é exercícios mais intensos e de menor duração em comparação com treinos de longa duração.

Volume de treinamento é melhor que intensidade para hipertrofia?

Não tem como separar os dois. Para se tornar avançado na musculação, você precisa de treinos com alta intensidade para melhorar sua força, resistência e condicionamento físico.

Se você ainda não tem capacidade de gerar força suficiente para atingir um mínimo de intensidade, não adianta aumentar o volume do treino. Provavelmente, o volume já está adequado e o que falta é melhorar a execução e a intensidade.

Por outro lado, se você já treina com boa intensidade, utilizando cargas desafiadoras e chegando à falha muscular no final das séries, então o volume de treino pode ser aumentado de forma estratégica.

Um exemplo: se você fizer 30 exercícios para peitoral com baixa intensidade, não obterá um bom resultado. Você apenas condicionará melhor seus músculos, aumentando o fluxo sanguíneo e a oxigenação, mas sem hipertrofia significativa.

Conclusão: Para hipertrofia, a prioridade deve ser sempre a intensidade. O volume deve ser ajustado de acordo com seu nível de treino e a avaliação de um profissional.

Qual o melhor momento para hormonizar?

O uso de hormônios sintéticos altera a produção natural do organismo. Isso significa que, se você é jovem (entre 20 e 30 anos), o uso prolongado pode reduzir sua produção natural de testosterona.

Normalmente, pessoas mais jovens já possuem uma produção hormonal adequada, então, na maioria dos casos, não há necessidade de utilizar hormônios.

O que fazer antes de tomar qualquer decisão?

  • O primeiro passo é procurar um médico e fazer exames hormonais para avaliar seus níveis naturais.
  • Se você tem testosterona alta (por exemplo, 700ng/dl), não faz sentido iniciar um ciclo de hormônios.
  • O uso inadequado pode resultar em efeitos colaterais irreversíveis, como queda de cabelo, acne e outras complicações.

Além disso, hormônio sozinho não faz milagres. Sem dieta e treino intenso, você não terá os ganhos de massa muscular que deseja, pois tudo depende do conjunto de fatores.

Quem deve evitar hormônios?

  • Iniciantes na musculação.
  • Pessoas que treinam de forma inconsistente, com idas e vindas.
  • Indivíduos que não seguem uma dieta estruturada.

Quando considerar o uso?

  • Se você treina há muitos anos, segue uma dieta rigorosa e já atingiu seu limite natural de ganho muscular.
  • Se for seu objetivo se tornar atleta profissional.
  • Sempre com acompanhamento médico e exames regulares.

Conclusão

Se o seu objetivo é um corpo estético, definido e saudável, não há necessidade de usar hormônios. O caminho para um shape de qualidade passa por treino bem estruturado, alimentação equilibrada e descanso adequado.

No entanto, se o seu objetivo é competitivo e você já atingiu seu limite natural, pode ser válido considerar a hormonização com supervisão profissional.

A dica final: Construa sua base de treino e dieta antes de pensar em qualquer outro recurso. O mais importante é descobrir o seu verdadeiro potencial com disciplina e dedicação.