É um equívoco achar que esteroides anabolizantes são a chave para emagrecimento. Sim, eles podem aumentar um pouco o metabolismo e ajudar na queima de gordura, mas os riscos associados a esses hormônios, como aromatização no tecido adiposo, são altos. Isso pode causar retenção de líquidos, ginecomastia e outros problemas indesejados.
Foco em Dieta e Treino
Agora, se eu fosse, obeso e precisando emagrecer, o meu foco principal seria a dieta e o treino de musculação, e não o uso de anabolizantes. Primeiro, eu focaria em uma boa alimentação e em treinos de musculação que sinalizassem para o meu corpo a necessidade de construir massa muscular. Isso ajudaria a aumentar minha taxa de metabolismo basal, ou seja, o corpo começaria a gastar mais calorias naturalmente. Além disso, o cardio seria uma ferramenta importante para aumentar o meu gasto calórico diário.
Estratégia Nutricional Inicial
No início, eu faria uma dieta de baixo carboidrato, associada ao jejum intermitente. Minha janela de alimentação seria entre o meio-dia e a noite, dependendo da hora que eu acordasse, algo como das 12h às 20h, por exemplo. Fora desse período, eu ingeriria bastante água para me manter hidratado. Dentro dessa janela de alimentação, manteria a ingestão de proteína entre 1.6 e 2.0 gramas por quilo de peso corporal, além de um controle rigoroso do sódio, carboidratos e gorduras. Isso levaria a uma perda de gordura mais rápida.
Organização dos Treinos
Durante o período de jejum, eu faria cardio em jejum para ajudar na queima de gordura, e os treinos de musculação seriam feitos depois da quebra do jejum, ou seja, após a minha segunda refeição do dia. Esses treinos seriam intensos, com o objetivo de construir massa muscular.
Consideração sobre Hormônios
Quando eu conseguisse reduzir meu percentual de gordura para cerca de 30%, e já estivesse com um tempo considerável de treino, aí sim começaria a considerar o uso de testosterona. Mas nada exagerado. Manteria uma base de testosterona com doses que me deixassem com um nível de aproximadamente 1500 ng/dL, o que seria quase uma dose de reposição hormonal (TRT). Algo como uma Durateston a cada 10 dias ou, no máximo, uma por semana, apenas para manter esses níveis hormonais.
Ajustes na Dieta
Após reduzir meu percentual de gordura para algo em torno de 25%, aí eu consideraria ajustar a dieta novamente, dessa vez ciclando carboidratos. Nos dias de carboidrato alto, manteria um déficit calórico menor, enquanto nos dias de carboidrato baixo, o déficit seria mais acentuado. Isso ajudaria a continuar perdendo gordura, mas sem perder massa muscular.
Controle da Compulsão Alimentar
Agora, uma das coisas mais importantes nesse processo de emagrecimento é controlar a compulsão alimentar e o jejum intermitente é uma excelente ferramenta para isso. Quando estamos em jejum, o corpo não sinaliza o tempo todo para insulina e glicose, o que ajuda a evitar picos de fome. Na janela de alimentação, eu apostaria bastante em frutas, vegetais e legumes. As frutas ajudam a trazer saciedade por conta das fibras e da água, e os vegetais e legumes também são excelentes fontes de fibras que te mantêm satisfeito por mais tempo.
Então, resumindo: o foco deve ser a alimentação e o treino. Ajuste a dieta, incorpore o jejum intermitente e foque em musculação para construir massa muscular. Só depois de baixar consideravelmente o percentual de gordura e já estar com uma boa rotina de treino, considere o uso de testosterona, e mesmo assim, de maneira moderada. Vamos fazer as coisas com calma e de maneira consciente para que você alcance seu objetivo de forma saudável e sustentável.