Hoje vou falar sobre uma pergunta clássica que muita gente me faz: “Como eu faço para emagrecer?”
Já adianto que não existe milagre, mas tem jeito! Vamos conversar sobre estratégias reais, sem radicalismos, porque o importante aqui é criar um estilo de vida sustentável.
Por onde começar?
Primeiro de tudo, gente, é essencial entender que emagrecer não é só comer menos ou cortar certos alimentos do nada. É um processo que começa com autoconhecimento.
Por exemplo, no consultório, quando alguém chega querendo emagrecer, a primeira coisa que se faz é uma avaliação completa.
Importância da avaliação corporal
Normalmente, usam a balança de bioimpedância para mapear o corpo da pessoa. Isso fornece informações importantes como:
- Quantidade de gordura corporal
- Massa muscular
- Hidratação corporal
- Taxa metabólica basal (quantidade de calorias que o corpo gasta em repouso)
Após essa análise, calcula-se o gasto calórico total, considerando as atividades do dia a dia. Só então é possível montar um plano alimentar personalizado.
O déficit calórico inteligente
Para emagrecer, você precisa gastar mais calorias do que consome. Mas isso não significa passar fome ou eliminar tudo o que gosta de comer.
Exemplo prático de déficit calórico
Se você gasta 2.000 calorias por dia, um plano alimentar com 1.700 calorias já cria um déficit calórico suficiente para começar a perder peso de forma saudável e sem sofrimento.
Agora, não adianta dizer:
“A partir de hoje, só vai comer frango com batata-doce e acabou o pão.”
Isso não funciona! O que realmente dá certo é ajustar a alimentação aos poucos.
Mudanças gradativas funcionam melhor
Se você come pão com manteiga todo dia, não precisa cortar isso de uma vez. O ideal é fazer trocas inteligentes, como:
- Substituir o pão branco por pão integral
- Acrescentar proteína, como um ovo mexido
- Diminuir a quantidade de manteiga, em vez de eliminá-la completamente
Se você ama feijoada, não precisa proibir. O ideal é começar com porções menores ou fazer substituições saudáveis, incluindo proteínas magras e mais vegetais no prato.
Isso faz parte de um processo de educação alimentar, onde você aprende a fazer escolhas melhores sem abrir mão do prazer à mesa.
O problema das dietas radicais
Muita gente acha que para emagrecer é preciso cortar carboidratos completamente.
Mas vamos falar sobre isso…
Dietas restritivas: funcionam a longo prazo?
Dietas como a cetogênica, que restringe muito os carboidratos, podem até funcionar a curto prazo.
Porém, há alguns problemas:
- Perda de peso inicial não significa perda de gordura: Ao cortar carboidratos, o corpo perde muita água, causando uma falsa impressão de emagrecimento rápido.
- O cérebro precisa de carboidratos: Quando você reduz drasticamente os carboidratos, pode sentir cansaço, irritação e dificuldade de concentração.
- Efeito rebote: Após algumas semanas de restrição extrema, muitas pessoas não aguentam mais e acabam exagerando, recuperando o peso perdido e até ganhando mais.
Então, qual a solução?
O segredo está em não ser radical.
Se você gosta de pizza, pode comer com moderação. Talvez trocando:
- Borda recheada por uma versão mais simples
- Refrigerante por uma opção mais saudável
- Compensando o restante das refeições do dia
E sobre a dieta cetogênica?
A dieta cetogênica, que foca em gorduras e proteínas e restringe carboidratos, virou uma febre.
Para algumas pessoas, ela pode funcionar a curto prazo, mas isso não significa que seja a melhor opção para todo mundo.
O corpo humano foi projetado para usar carboidratos como principal fonte de energia.
Eliminar esse nutriente pode funcionar em casos específicos, mas, no geral, não é a abordagem mais inteligente a longo prazo.
Se você não consegue manter uma dieta por mais de um mês sem se sentir frustrado, talvez ela não seja a melhor escolha para você.
A importância do hábito
Mudança de hábito é a chave de tudo.
Não adianta começar algo que você sabe que não vai manter.
O ideal é construir um estilo de vida onde você consiga:
✅ Comer bem
✅ Se sentir satisfeito
✅ Aproveitar momentos sociais sem culpa
Por isso, é importante ter uma abordagem adaptada à realidade de cada pessoa.
Não adianta impor uma dieta restritiva, que pode fazer você desistir rapidamente.
Então, você deve emagrecer de forma saudável!
Se você quer emagrecer de forma sustentável, comece com mudanças simples e progressivas.
Aprenda a ouvir seu corpo, entenda o que funciona para você e evite dietas radicais.
Resumo rápido:
- Emagrecer não é só comer menos, mas entender suas necessidades nutricionais.
- Déficit calórico inteligente: perder peso sem sofrimento.
- Mudanças graduais funcionam melhor do que dietas extremas.
- Dietas radicais, como a cetogênica, nem sempre são sustentáveis.
- A chave é criar hábitos saudáveis, que possam ser mantidos a longo prazo.
Lembre-se: emagrecer é um processo, não uma corrida.